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domingo, 20 de março de 2016

A SAÚDE DO HOMEM - Á SAÚDE EM PRIMEIRO LUGAR




SAÚDE DO HOMEM 
Por Elaine Medeiros
"Romper a barreira do preconceito pode ser o primeiro passo para se alcançar uma vida mais saudável."

              " Você já deve ter escutado que as mulheres são o sexo frágil. Mas talvez nunca tenha refletido sobre isso. Pensamentos como este chegam a levar um homem a negligenciar sua própria saúde. Afinal, desculpas não faltam. Uma delas é a falta de tempo para ir ao médico quando ele se sente o provedor da família. "tenho muito trabalho", Hoje não vai dar tempo" e por aí vai. Muitas vezes, sintomas são tratados como um mal-estar passageiro".  Detalhe: as mulheres desempenham papéis parecidos, mas nem por isso deixam de ir ao médico para fazer seus checkups e exames de rotina, conforme as estatísticas. " Essas desculpas fazem parte de uma cultura enraizada, que levam os homens a pensar muitas vezes que são os "super-homens". Isso acaba atrapalhando a descoberta de doenças que podiam ser tratadas desde o início e os impedem de realizar exames preventivos importantes", explica Dr. Claudio Murta, médico urologista, coordenador do Centro de Referência  em Saúde do Homem e membro da Sociedade Brasileira de Urologia. 
ESTUDO DO CASO 
               Essas e outras estatísticas como a que foi divulgada pelo IBGE no ano passado comprovam  que a expectativa de vida das mulheres continua sendo maior do que a dos homens: 78 anos de idade contra 71. "Talvez eles tenham mais medo do que as mulheres por não saberem como agir se tiverem algum problema. Afinal, desde cedo elas são orientadas a ir ao médico com frequência, enquanto que as doenças masculinas geralmente são menos comentadas. Eles nem sequer possuíam o apoio de uma Política Nacional de Saúde do Homem, criada recentemente pelo "Ministério da Saúde", lembra Dr. Claudio ao citar a falta de incentivo por parte das instituições. Por isso foi criado o Centro de Referência em Saúde do Homem, localizado na região central de São Paulo, em 2008. "Essa medida era necessária, já que os homens também se expõem mais aos riscos de morte, não só por deixarem de ir ao médico como também por participarem mais de brigas e outras situações", destaca. 
UM POUCO ATRASADOS
                Dados divulgados pelo Centro revelam que 70% dos homens (geralmente mais velhos) que procuram um especialista costumam ir acompanhados de suas esposas ou filhos, e deste montante, 60% já chegam com algum tipo de doença urológica em estágio avançado. "Acredito que se não fossem nestas circunstâncias eles não viriam", conclui Dr. Cláudio. 
DOENÇAS MAIS COMUNS 
                Especialistas também revelam que as doenças que mais atingem os homens são as cardiovasculares - por conta dos históricos ligados ao diabetes, colesterol, estresse, obesidade e câncer -, e as oncológicas, nas quais o câncer de pulmão aparece em primeiro lugar e o de próstata, em segundo, por haver maior predisposição. 
                Para Dr. Murta, o medo e o machismo ligados ao exame do toque são os principais problemas nestes casos. "Eles temem em não se sentirem mais homens depois disso", opina. 
PRINCIPAIS QUEIXAS
                Na opinião da Dra. Carolina Castro Porto Silva Janovsky, clinica geral e endocrinologista do Hospital Israelita Albert Einstein, os homens costumam se queixar principalmente dos problemas urinários, digestivos e sexuais. "As doenças mais prevalentes são aquelas associadas ao estilo de vida, como obesidade, hipertensão e diabetes, e geralmente levam ao aumento do risco cardiovascular e consequentemente ao infarto ou derrame cerebral, que inda são as principais causas de morte no Brasil e no mundo" explica. 
NEGLIGÊNCIA, NÃO!
                 De acordo com a Dra. Carolina, os homens na faixa etária dos 20 aos 50 anos são os mais negligentes  porque acreditam que, por serem "novos", as doenças não deverão acometê-los. Por isso é tão comum que grande parte deles cheguem ao consultório depois dos 60 anos, dizendo que nunca tinham ido ao médico. "Somente quando se tornam idosos é que alguns começam a adquirir mais consciência  sobre a necessidade de fazer exames preventivos", afirma a médica. 
EXEMPLO GERAL 
                 Antonio dos Santos (nome fictício do nosso entrevistado que preferiu não ser identificado) decidiu procurar ajuda quando já não havia mais "desculpas" e as dores se tornaram insuportáveis. Há nove anos sofrendo de  fortes crises por conta de pedras nos rins, o coordenador de projetos em TI decidiu que era chegada a hora de fazer a cirurgia. "Quando soube que seria preciso operar, fiquei com receio e não queria. Mas o médico  me forçou a fazê-la já que a pedra era grande e estava bloqueando o canal da uretra. Eu corria risco de ter  infecções ou até mesmo perder o rim", recorda. 
HORA DO CHECKUP 
                Para prevenir que a situação chegue ao extremo, como no caso de Antônio, o Dr. Claudio recomenda que um médico deva ser procurado sempre que surgir algum sintoma. A partir dos 50 anos, os checkups deverão ser periódicos e incluem a ida ao cardiologista para saber  se há problemas relacionados à pressão, diabetes ou colesterol, e ao urologista para prevenir o câncer de próstata. Por questões genéticas, os homens negros  possuem maior risco de contrair esse tipo de câncer, por isso a idade para iniciar os checkups de rotina deve ser antecipada para os 45 anos.

RANKING ADE DOENÇAS UROLÓGICAS
1- 30 % - cálculos renais
2 - 30% -  problemas de próstata. 
3 - 20% - disfunção sexual. 
4 - 15 % - câncer. 
5 - 5%  - outras doenças. 

Artigo de Elaine Medeiros. 
Fonte: Centro de Referência em Saúde do Homem. 
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Pequisa e postagem : Nicéas Romeo Zanchett 






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